No passado dia 14 de maio, decorreu na Biblioteca Almeida Garrett a Mostra dos grupos de investigação que a equipa do OBVIE acompanhou. As investigações apresentadas centraram-se em quatro temáticas: Transição do Ensino Básico para o Ensino Secundário; Transição do Ensino Secundário para o Ensino Superior; Stress nos alunos do 12º ano; Palestras na Escola.
Investigações apresentadas por estudantes do Agrupamento de Escolas Carolina Michaëlis, do Porto.
Investigações apresentadas por estudantes do Agrupamento de Escolas Carolina Michaëlis, do Porto.
As imagens durante a apresentação dos grupos de investigação:
Os posters de apresentação das investigações dos grupos:
Para além desta Mostra, os posters estiveram em exibição no II Seminário Internacional de Observatórios de Educação e Formação que decorreu na FPCEUP no passado dia 27 de junho. No âmbito deste evento, a Doutora Angélica Monteiro, investigadora em pós-doc no Centro de Investigação e Intervenção Educativas, aceitou o convite do OBVIE em produzir um comentário sobre estes posters, o qual se passa a apresentar. «Os posters sobre os quais vou tecer algumas considerações foram elaborados por estudantes do 12.º ano de escolaridade no âmbito do projeto “Sociedade, Escola e Investigação” (SEI), que surge de uma parceria entre o Departamento Municipal de Educação da Divisão Municipal de Ciência e Conhecimento da Câmara Municipal do Porto e o Observatório da Vida nas Escolas (OBVIE). Para além do facto de serem esteticamente agradáveis e da combinação harmoniosa entre o cor de laranja e o azul dos quatro posters, um outro fator que, à partida, chamava a atenção e incitava à leitura por parte pessoas que por ali passavam eram os títulos principais: “O grande passo para o ensino secundário”; “Não me stresses”; “Palestras: aprender ou adormecer” e “As coisas na faculdade são diferentes”. Ao observador desatento que esperasse alguma informalidade e pouca cientificidade, os posters apresentavam um subtítulo que cumpria a função de elucidar o título, através da delimitação clara dos temas em estudo, designadamente: “Transições dos estudantes do ensino básico para o ensino secundário”; “Fatores de stress nos alunos de 12.º ano”; “Perceções dos estudantes sobre as comunicações e/ou palestras organizadas pela escola” e “Transições dos alunos da Escola Secundária Carolina Michaëlis para o Ensino Superior”. Relativamente à estrutura e aos conteúdos veiculados pelos trabalhos, estes apresentavam um resumo que, como deve ser, enquadrava o estudo e a problemática, enunciavam os objetivos, as opções metodológicas (foram realizados inquéritos por questionários e entrevistas aos colegas) e os principais resultados a que chegaram. Quanto aos demais itens — “Introdução”, “Metodologias”, “Resultados”, “Conclusões” e “Bibliografia” — destacam-se, a meu ver, a clareza, simplicidade, objetividade e capacidade de síntese, com relevo para o recurso a gráficos e quadros para a sistematização dos resultados. Considerando que a informação só se transforma em conhecimento quando é partilhada, da leitura dos cartazes depreende-se que o trabalho realizado no sentido de promover o conhecimento e a literacia científica entre os jovens pôde, certamente, contribuir para o desenvolvimento de capacidades que os iniciem em práticas investigativas, designadamente, no que concerne à problematização, recolha, seleção, análise, reflexão crítica e partilha dos resultados obtidos. Concluo este breve comentário ao ressaltar que através do alcance dos objetivos propostos (caracterizar a perceção dos jovens acerca de temas relacionados com o quotidiano escolar que os preocupam, suscitam o interesse e que podem influenciar a vida atual e futura enquanto estudantes), os trabalhos têm, ainda, a mais-valia de oferecer sugestões para a melhoria da escola, a partir do ponto de vista de parceiros privilegiados, sem os quais “nada seria possível”.» Porto, FPCEUP, 27 de junho de 2015 Angélica Monteiro |
Para saber mais » Projeto SEI
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Telefone: (00351) 220 400 634
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